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Em Portugal podemos encontrar pelo menos três tipos principais de
gaitas: a Gaita-de-fole da costa oeste, que se convencionou
chamar de "Gaita", "Gaita-de-fole" ou no Minho, "Gaita
Galega"; a de Trás-os-Montes e Alto Douro, chamada "Gaita-de-fole",
"Gaita Transmontana" ou "Gaita Mirandesa" (aqui, as denominações variam,
embora se refiram ao mesmo instrumento) e ainda a
Gaita-de-fole da Beira Litoral, que possui características
ligeiramente diferentes das duas últimas.
Embora todas estas gaitas possam ser
chamadas pelo mesmo nome ("Gaita-de-fole"), são
instrumentos com diferenças claras entre si, embora pertençam ao
mesmo ramo de instrumentos musicais, do ponto de vista organológico.
A Gaita-de-fole em Portugal tem uma presença bastante antiga e não
se podem datar nem localizar com precisão que instrumentos desse tipo
existiriam em todo o território nacional.
Há relatos e iconografias
que atestam o uso do instrumento inclusive no Alentejo e Algarve e há relatos da presença do instrumento em
Portugal praticamente desde a fundação da nacionalidade, em pleno
Século XII, pelo que a hipótese da
importação recente não explica tudo.
Apesar de se verificar um intercâmbio de instrumentos e repertório,
sobretudo nas zonas transfronteiriças entre a Galiza e Minho e Trás-os-Montes e Zamora, como acontece sempre
nestes fenómenos da música popular, pode considerar-se, com toda a
justiça, que Portugal tem uma cultura própria deste instrumento.

Associação Gaita
de Foles - direitos reservados.
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