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Estremadura
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Os três
gaiteiros mais antigos da Estremadura cistagana no arraial da
Senhora dos Remédios, em 1989 (António Malaquias, Chico da
Atalaia e Joaquim Roque). |
Curiosamente, ao contrário do que se pensa habitualmente, a gaita tem uma implantação e tradição muito forte a sul do Tejo e na Estremadura, a norte de Lisboa, contrariando o estereótipo comum de que o instrumento só existiria exclusivamente no norte do país.
A formação mais habitual encontrada na península de Setúbal é o grupo de gaiteiro individual, acompanhado de caixa e bombo. Esta parece ter sido em tempos a formação mais usual também na Estremadura cistagana, contudo já na década de sessenta, o mais comum era encontrar o gaiteiro tocando sozinho, sem acompanhamento das percussões. Outro aspecto que distingue a estremadura cistagana da transtagana, pelo menos a partir da segunda metade do século vinte, é o acompanhamento da gaita, caixa e bombo pelo clarinete.
Os instrumentos que se tem observado nesta região são de fabrico galego, não havendo noticia da existência de construtores garantidamente desde a década de sessenta do século XX. Havia no entanto torneiros que faziam peças por cópia, a pedido de um gaiteiro. Os foles que ainda eram de pele até meados do século XX foram totalmente substituídos pelos de borracha, sendo
que recentemente se observa o processo inverso.
A formação mais habitual encontrada é o grupo de gaiteiro
individual, acompanhado de caixa e bombo (em toda a costa ocidental e
região de Coimbra).

Fonte: Associação
Gaita de Foles - direitos reservados.
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